Amigos, reproduzo a seguir
o depoimento de uma amiga muito cara que abriu o seu coração sobre a sua visão da Umbanda.
Espero que ele possa nos
inspirar a mais discussões sobre o que nos une na Luz.
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Eterno Aprendiz Espiritual
O encontro com o Criador que existe em cada um de nós
http://www.facebook.com/EternoAprendizEspiritual
http://eternoaprendizespiritual.blogspot.com.br/
OBS1: Coloco-me a disposição para responder qualquer dúvida
sobre os textos em relação a Espiritualidade, Mediunidade, Kardecismo,
Espiritismo, Umbanda, Apometria, Reforma Íntima, Deus, das coisas Deus e de nós,
filhos de Deus. E de pesquisar quando for necessário para ajudar a compartilhar
a Luz do conhecimento de Deus.
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Muito
se fala, escreve, estuda sobre a origem da Umbanda. Eu sei do que sinto, a
partir do que pude aprender aqui e ali, pesquisando, ouvindo e também na vivência
no Terreiro que frequento.
Uma
das primeiras coisas foi o som. O tambor que, depois descobri, chama atabaque.
A batida.
A
gente gosta de uma música aqui de um cantor aqui, de uma cantora ali… E um dia
descobre que aquilo era tudo ponto. Em geral, das linhas com as quais mais nos
afinizamos.
Me
faz pensar que a Umbanda não está só em mim. Está no Brasil.
Essa
é uma das perspectivas que mais me emociona: penso na nobreza e no sofrimento
dos ancestrais que chegaram aqui. Traídos pela escravidão, separados da família
apartados pelo idioma.
Isso
foi o quer um lado se fez na história deles. Mas me orgulho pelos que eles
fizeram a partir daí.
Fizeram
história. Nas restrições e imposições que lhes eram infligidas, criaram meios
para fazer o que era de seu desejo. É pra louvar o santo do sinhô? O negro não
ajoelhava, apenas. Deitava no chão de corpo inteiro. Por que na imagem de barro
havia incrustado, num momento oportuno, o fundamento do santo que era dele,
negro.
E até
hoje repetimos o gesto. Porque bater cabeça é mostrar nossas lembranças do
passado e afirmar nossa vontade em relação ao presente: dispor nosso corpo e
nossas ações à bandeira que defendemos.
“Pombinho branco, mensageiro de Oxalá
Leve essa mensagem de todo coração até Jesus
Diga que somos soldados de Aruanda
Trabalhamos na Umbanda semeando a sua Luz”
Bandeira,
causa que criou um produto do Brasil: o sincretismo. Porque quando se chega num
terreiro um ser que se declara ateu, agnóstico, espiritualista ou simplesmente
alguém que precisa de ajuda, ninguém vai perguntar muita coisa: quanto Caboclo
a gente não vê só trabalhar, mais nada, depois da resposta à pergunta“O que você veio buscar no pé desse Caboclo,
fio?”
Filho
sim, porque embora existam lá as distinções decorrentes da vivência na
religião, no amor das entidades não importa se pra pessoa que está ali, Jesus é
Oxalá ou Jeová. Importa o merecimento que o filho tem e o quando da vontade
dele está de acordo com a Lei Maior e a Justiça Divina.
“Eis
aqui vossa filha, me ponho a serviço das Suas Forças e da sua Lei.”, prece que
aprendi com uma das pessoas que mais dá conta de mostrar na prática e na vida o
que é Umbanda.
Umbanda
é amor. É caridade. É disciplina. É atitude.
Atitude
de manter o foco na evolução e de se concentrar no Amor, mesmo quando o “mundo
cão corporativo” te instiga a outras atitudes.
É
caridade de amparar aos irmãos, ainda que nossas condições materiais permitam
oferecer “apenas” um sorriso, um abraço, um copo d’água.
È
disciplina de zelar pela saúde física e exigir do corpo a capacidade de cumprir
os preceitos, de segurar o tranco de uma incorporação, de um trabalho na mata…
É
atitude de abrir mente e coração pra compreender que o que se ganha num Terreiro
é força e ânimo para correr e fazer acontecer o que precisamos: “A fia precisa de trabalho? Então, no dia que for sair pra procurar,
acenda essa vela, que essa Cabocla estará com você.”
Estará
sempre, a gente sabe, mas nunca fazendo o que cabe a nós fazer. Acho que essa
maternidade das entidades é tão responsável porque vem de uma escolha que
também é nossa, dos filhos.
No
meu caso, mais do que uma conquista, uma vitória. Porque o percurso até afirmar
que queria me firmar, desenvolver no trabalho mediúnico não foi fácil (Pra quem
é, não é mesmo?)
Como
correr o risco de explicar para as amigas, Irmãs de Maria, que Oxum é parecida,
porque, entre outras coisas, vibra no amor de mãe?
Quem
me conhece sabe que, no modo como conduzo minha vida, mais importante do que
falar é mostrar, por isso a bandeira de Oxalá que levanto é tecida no sorriso,
no acolhimento da Oxum, na determinação em zelar pelo que é certo, começando
pelas minhas ações, como Ogum ensina e na Lei que guardo no amparo da Pomba
Gira.
Amei o texto como comentei no face, realmente é uma história linda e desde pequena sempre gostei das músicas da umbanda rsrsrsrs! Dos nomes dos orixás! Não tenho muuuito conhecimento, mas gosto de todos. Já andei há algum tempo lendo sobre eles e aprendi a respeitar a eles.
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