Bom dia, Amigos na Luz.
Nestes últimos tempos, dentro dos trabalhos que realizo, no
Núcleo de Umbanda, em dia de atendimento, venho tendo varias surpresas no que
tange conhecer mais a vida pregressa dos mentores.
Durante os atendimentos, quando as pessoas vão sendo
tratadas, reconheço o trabalho que os mentores fazem com elas, um trabalho de
formiguinha, que pouco a pouco, eles vão modificando, tanto energeticamente
como conscientemente os atendidos.
Como o Preto Velho diz:
“Filho e melhor ensinar as pessoas a pescar, pois assim, não
precisamos passar o tempo todo dando a elas os mesmo peixes.”
E assim os mentores vêm contanto, gradualmente, seus
caminhos, e seu movimento para a Luz, para a ajuda ao próximo, com o Amor e
Fraternidade que lhes e inerente.
Num atendimento, na gira de Boiadeiro, o atendido, foi
conversando com o mentor, contando, que já havia passado por varias linhas filosóficas:
Candomblé, Umbanda e Kardecismo. E que hoje, finalmente, tinha se encontrado na
fé do Islã.
E que vinha ali, receber um passe e receber bênçãos dos
mentores que ele tanto respeitava.
O Boiadeiro, dizendo para ele, que Deus o Amava, e como
existia Amor nas palavras do profeta, Maomé, que o Alcorão era repleto de Amor,
e que a fé Islâmica reconhecia Jesus como um dos enviados de Deus.
Eu neste momento sendo um intermediário, estando parte do
atendimento, tanto energético, como emocional e mental, me peguei pensando como
era interessante a forma que o Boiadeiro estava falando, falando ao coração
deste filho, falando através da fé que ele tinha escolhido.
Parecia então que o Boiadeiro tinha ouvido meu pensamento, pois
virou para o atendido, este filho do islã e disse:
Fui tocador de Boi na minha ultima vida, desencarnei a mais
de 50 anos, no interior deste grande Brasil, com a vontade dentro de mim de
trabalhar na ajuda das pessoas, e neste movimento, fui convidado para integrar
a linha dos boiadeiros, depois de muito estudo e dedicação.
Mais um dia, irmão, também como você, professei a fé do
Islã.
Entendi o porquê ele descrevia com tanta propriedade as
passagens do Alcorão sobre Amor e Fé, pois ele já havia vivido, e assim falava
diretamente ao coração daquele filho.
E difícil não se deixar tocar por este tipo de vivencia,
sentir que Deus esta em tudo, e que não importa que filosofia o filho professe,
a sempre um mentor com uma palavra, com força e incentivo para vencer os
desafios.
Num outra gira, de Preto Velho, uma senhora, começou o
atendimento, a se apresentar, e falar que já tinha sido budista, que continuava
a vivenciar sua fé, mais que também acreditava muito na Umbanda, e por isso
estava lá, para pedir bênçãos para as entidades.
O Preto Velho, com sua fala mansa e pausada, disse a filha,
este mundo da muitas voltas, ate mesmo este velho, já viveu, há muito tempo
atrás, num pais muito distantes daqui, do outro lado do Mundo.
Ele disse a ela que numa encarnação passada já tinha sido
Chinês, Budista e trabalhava com Acupuntura.
E que quando desencarnou, ele continuou trabalhando muito
tempo ainda, na contra parte espiritual acima da região da China.
E que o grupo que ele fazia parte, queria apenas tratar
pessoas de mesma etnia, e por esta razão, ele deixou aquelas paragens, para
ajudar a Humanidade como um todo.
Por isso, reencarnou anos depois, aqui no Brasil, como
negro, e morreu bem velhinho.
E que depois de seu desencarne a 100 anos atrás, foi chamado
para participar da linha dos Pretos Velhos, na Umbanda.
E que ser Preto Velho, e como se fosse uma patente, os seres
no astral, nos vales e abismo, sabem o que um Preto Velho tem capacidade de
realizar, eles são respeitados, quando vão nestas paragens junto aos Guardiões,
para ajudar nos processos e resgates.
Com este tipo de vivencia, vemos como o Universo e
maravilhoso, como Deus e perfeito, por dar condição de termos varias vidas para
aprender e buscarmos nosso caminho na evolução.
Desde que inicie os estudos sobre espiritualidade ( 35 anos
atrás) , eu já tinha uma visão diferente
sobre os mentores, daquela , do
que a maioria dos espiritualistas mostravam.
Eu já sabia que mais vale um livro com conteúdo, do que um
apenas uma bela capa.
E muito interessante ver que pessoas que estudam
espiritualidade, e acreditam em reencarnação, podem achar que o nível do mentor
e dado pelo grau de instrução relativa que tem ou a forma que ele se apresenta
(Mestre Ascensionado, Doutor, Mago, Extra Terrestre, Etc.).
Estas pessoas, na
maioria das vezes, não questionam o teor da mensagem espiritual que este ou aquele
Mentor traz.
E ai que acho tão bom, estudar varia filosofias.
Pois trago de Kardec, algo que se todos usassem, não
importando a filosofia que sigam, todos seriam melhores seres humanos e seres
espirituais.
A fé raciocinada, para poder olhar o teor das comunicações,
e isso e o mais importante.
Não quem a trouxe ou onde e realizada.
O que vale, e o que esta sendo trazido, e ate mesmo isso tem
que ser questionado, sempre.
Pois mentores de nível, não vão se preocupar, em que
estejamos questionando, raciocinando.
Eles vão apoiar esta causa, pois temos que entender o que
acontece, e não simplesmente aceitar.
Jesus, falava para o povo, não de forma culta, difícil ou
com pompa.
Jesus, falava de forma simples e para o coração.
Então, falar difícil, ter uma grande oratória ou ter
facilidade com as palavras, não define nível da comunicação.
Sempre, amigos na luz, o conteúdo e o que importa.
Nas palavras simples de um Preto Velho, nas palavras diretas
de um Boiadeiro ou nas Palavras retas de um Guardião conseguimos ver Deus, e
trazer a Luz do mais alto e a sentir sendo colocada junto a nos.
Jetuá, Boiadeiros!
Adorei as Almas, Amados Pretos Velhos.
Laroiê a nossos Guardiões.
===========================================
Eterno Aprendiz Espiritual (Facebook e Blogspot)
O encontro com o Criador que existe em cada um de nós
Palestra :
Espiritualidade Básica 1 a 4 - Espiritualidade 101
“TUDO QUE VOCÊ GOSTARIA DE SABER SOBRE ESPIRITUALIDADE E
TINHA CURIOSIDADE DE PERGUNTAR”
1) Mecanismos da Espiritualidade
2) Mundos Espirituais que rodeiam a Terra.
3) Corpos Espirituais
4) Obsessão e Desobsessão.
5) Técnica de Proteção Espiritual
6) Planos espirituais, que filosofia eles seguem?
===========================================
A VISÃO UNIVERSALISTA DOS MENTORES ESPIRITUAIS ( Trabalhar
para humanidade )
Os Mentores
Espirituais nos falam que não importa de onde, nem de que de filosofia a pessoa
que precisa da ajuda é, eles estariam ali para ajudar a todos.
Que eles
trabalham em prol da humanidade, mesmo cada um deles tendo simpatia por uma ou
outra linha filosófica.
Que eles:
Na segunda,
como um doutor, participava de um trabalho numa casa Espirita.
Na terça,
como um pastor, participava de um trabalho numa igreja Evangélica.
Na Quarta,
como um padre, participava de um trabalho numa igreja Católica.
Na Quinta,
como um Rabino, participava de um trabalho numa Sinagoga.
Na Sexta,
Como um preto velho, ele participava de um trabalho num centro de umbanda.
No Sábado,
Como um enviando da fraternidade Branca, ele participava de um trabalho num
grupo esotérico.
E no
domingo, sem descansar, ia ajudar a todos nos resgates nos vales e abismos.
Estes
trabalhos sendo feitos a nível espiritual e tendo o mentor tido ou não inúmeras
encarnações nestes mesmos papeis.
Por isso,
não importa, cor, credo, tipo sanguíneo, qual e o time que torce, qual e a
preferencia musical, etc. Todos são ajudados. O que realmente importa e que a
pessoa peça ajuda e que tenha merecimento para tal.
Pois dentro
da Lei Maior, da Justiça Divina e do merecimento de todos os envolvidos a Luz
ajuda sem distinção de ninguém.
E só mais um
detalhe, não são só os humanos que evoluem, estou falando de todos, e todos
mesmo, todos os seres que existem na terra.
Animal,
vegetal e mineral. Todos eles necessitam se desenvolver.
Somos todos
fagulhas do criador.
Somos todos
Um.
Que o
Criador da Vida nos ilumine e faça entendermos que a natureza não e nossa para
uso. Que ela existe para que possamos trabalhar junto a ela na evolução de
todos os seres.
----------------------------------------
PRETOS VELHOS
Os Pretos e Pretas Velhas, na Umbanda,
são entidades elevadas que se apresentam estereotipados como anciãos
negros conhecedores profundos da magia Divina, da manipulação de ervas. São
excelente mandingueiros, mestres dos elementos da natureza, os quais utilizam
em seus benzimentos e trabalhos espirituais.
Crê-se que em referência à dor e aflição sofrida
pelo povo negro durante a escravidão, a linha de preto velho reflita a
humildade, a sabedoria, a paciência e a perseverança. Não necessariamente todos
foram escravos. Sua sabedoria e humildade são caracteristicas marcantes e sua
calma e ensinamentos são profundos. Apresentam-se na Umbanda sentados em seus
banquinhos atendendo seus “fios e fias” com uma linguagem simples porém sábias.
A caracteristica principal desta linha é a sua elevada orientação espiritual.
Àqueles que os procuram oferecem conselhos,
orientação espiritual; receitam tratamentos caseiros, banhos de ervas, chás,
entre outros, para os males do corpo e do espirito
Utilizam vários elementos nos seus trabalhos como o
cachimbo, cigarros de palha (que usam como defumadores, para limpeza
espiritual) e ervas.
A Linha de Pretos velhos na Umbanda é regida pelo
mistério Ancião, na força do Orixá Obaluaê que é o Orixa sustentador da
evolução, da transmutação e transformação dos seres. Mas os Pretos Velhos
também se apresentam dentro da linha de outros Orixás.
Em sua linha de atuação eles se apresentam com
nomes que individualizam sua atuação, conforme o seu Orixá regente, conforme
acontecia na época da escravidão, onde os negros eram nominados de acordo com a
região de onde vieram, por exemplo:
·
Congo - (Pai
Francisco do Congo), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Iansã;
·
Aruanda - (Pai
Francisco de Aruanda), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Oxalá.
(Aruanda quer dizer céu);
·
D´Angola - (Pai
Francisco D´Angola), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Ogum;
·
Matas - (Pai
Francisco das Matas), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Oxóssi;
·
Calunga,
Cemitério ou das Almas - (Pai
Francisco da Calunga, Pai Francisco do Cemitério ou Pai Francisco das Almas),
refere-se a pretos velhos ativos na linha de Omolu/ Obaluayê;
Os
nomes mais comuns com que se apresentam são: Pai João, Pai Joaquim, Pai
Benedido, Pai José De Angola, Vovó Maria, Vovó Maria D´Angola, Vovó Maria
Conga, Vovó Catarina, Vovó Benedita, entre outros.
A Linha de Ação
e Trabalho dos Boiadeiros
Os boiadeiros são espíritos hiperativos, valorosos, descontraídos,
diretos, mas de poucas palavras e sisudos, que atuam como refreadores do baixo
astral. São aguerridos, demandadores e rigorosos com os espíritos trevosos. São
os peões boiadeiros habilidosos, valentes e de muita força física. Chegam
bradando ê, boi! Ou Jetuá! Seus campos de ação são os caminhos (Ogum) e o tempo
ou as campinas (Oiá). O laço e o chicote são suas armas espirituais, mistérios
usados como refreadores dos investidas das hostes sombrias de espíritos do
baixo astral. Com seus laços, os boiadeiros criam verdadeiras espirais, laçando
eguns e quiumbas paralisados em seus negativos e perturbadores dos encarnados.
Esses espíritos foram mamelucos, cafusos e mulatos, sofreram preconceitos como os “sem raça”, sem definição de sua origem. Representam a própria miscigenação do povo brasileiro, a coragem, a liberdade, a determinação e o convívio harmonioso com os animais e com a natureza.
Seu arquétipo é “a figura do mítico peão sertanejo, do tocador de gado” ... Usam seus conhecimentos ocultos, “ para auxiliarem as pessoas nos momentos mais difíceis de suas “ travessias” pela evolução na matéria. O arquétipo é forte, impositivo, vigoroso, valente e destemido ...” São espíritos que em suas últimas encarnações, praticamente viveram sobre o lombo dos cavalos. “ Eram vaqueiros, domadores de cavalos, soldados de cavalaria etc.
Esses espíritos foram mamelucos, cafusos e mulatos, sofreram preconceitos como os “sem raça”, sem definição de sua origem. Representam a própria miscigenação do povo brasileiro, a coragem, a liberdade, a determinação e o convívio harmonioso com os animais e com a natureza.
Seu arquétipo é “a figura do mítico peão sertanejo, do tocador de gado” ... Usam seus conhecimentos ocultos, “ para auxiliarem as pessoas nos momentos mais difíceis de suas “ travessias” pela evolução na matéria. O arquétipo é forte, impositivo, vigoroso, valente e destemido ...” São espíritos que em suas últimas encarnações, praticamente viveram sobre o lombo dos cavalos. “ Eram vaqueiros, domadores de cavalos, soldados de cavalaria etc.
"A linha dos Boiadeiros é sustentada em um dos seus mistérios por
Ogum, e a alusão aos cavalos, ao tocar da boiada, ao laçar e trazer de volta o
boi desgarrado do rebanho, o atolado na lama, o arrastado pelos temporais, o
que se embrenhou nas matas e se perdeu, o que foi atravessar o rio e foi
arrastado pela correnteza etc., tudo tem a ver com o trabalho realizado por
esses destemidos espíritos...”:
- Cavalos – filhos de fé.
- Boi – espírito acomodado.
- Boiada – grande grupo de espíritos
desgarrados, reunidos por eles e reconduzidos lentamente às suas sendas
evolutivas.
- Laçar – recolher à força os espíritos
rebelados.
- Atolado – espíritos que afundaram nos lamaçais
e regiões astrais pantanosas.
- Açoitados pelos temporais – eguns caídos nos
domínios de Yansã e do tempo.
- Açoite ou chicote – instrumento mágico de
Yansã, feito de crina ou de rabo de cavalo.
- Laço – instrumento do tempo e tem a ver com as
ondas espiraladas de Yansã.
- Bois afogados em rios – espíritos caídos nas
águas profundas das paixões humanas. ...
- Bois atolados em lamaçais – espíritos caídos
nos domínios de Nanã Buruquê. ...” (Rubens Saraceni – Os Arquétipos da
Umbanda – Madras Ed.)
Essa é uma linha transitória criada por Ogum e por outros Orixás, para a evolução de muitos Exus. Muitos dos espíritos que hoje se manifestam como caboclos boiadeiros já trabalharam sob a irradiação do mistério Exu, que é mais um dos graus evolutivos da Umbanda, mas outros nunca foram Exus. Como Exus, trabalharam e conquistaram o grau de boiadeiros. Como boiadeiros, conduzem de volta às pastagens tranqüilas e seguras os “bois” desgarrados e desviados da Lei Maior, do processo evolutivo humano.
Os boiadeiros são combativos, cortadores de magias negras e conhecedores de remédios, ungüentos, pastas de ervas, plantas, curas, mirongas, feitiços e magias. São excelentes para a limpeza e descarrego dos terreiros, afastando obsessores, estabilizando o ambiente e as energias, dando ordens, com seus brados, para os espíritos se retirarem, mantendo a disciplina no terreiro.
Essas entidades representam a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão: boiadeiros, laçadores, tropeiros, peões, vaqueiros, romeiros, tocadores de viola.