Para
responder esta pergunta trago um novo texto de preto velho.
Conforme eu
o lia, lagrimas caiam de meus olhos, e sentia que muitos iam enteder o que e
esta caridade que tanto falam e que tantos nem imaginam que seja.
Eu só posso
pedir para sempre podermos ter o carinho e o aconselhamento desta linha tão
querida, que cuida tanto de seus filhos e os levam cada vez mais para perto de
Zambi (Como eles chamam Deus).
Que Zambi
(Deus) abençoe a todos os trabalhadores na Luz e nos coloque sempre a
disposição dos pretos velhos para ajuda-los no trabalho dos mais desamparados
de corpo e alma.
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Eterno Aprendiz Espiritual (Facebook e
Blogspot)
O encontro com o Criador que existe em
cada um de nós
Palestra :
Espiritualidade Básica 1 a 4 -
Espiritualidade 101
“TUDO QUE VOCÊ GOSTARIA DE SABER SOBRE
ESPIRITUALIDADE E TINHA CURIOSIDADE DE PERGUNTAR”
1) Mecanismos da Espiritualidade
2) Mundos Espirituais que rodeiam a
Terra.
3) Corpos Espirituais
4) Obsessão e Desobsessão.
5) Técnica de Proteção Espiritual
6) Planos espirituais, que filosofia
eles seguem?
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Faz caridade fio, faz caridade fio!
Assim era as fala do negro Ambrósio através do aparelho mediúnico
que lhe servia de canal para fazer proseador.
Não era a primeira que aquele consulente ouvia esse conselho do Pai
Velho, já havia se passados oito meses desde o primeiro dia que aquele senhor
tinha adentrado ao terreiro, passando a fazer parte da assistência, sempre
voltando ao negro Ambrósio para tirar suas duvidas.
Naquele dia ele estava decidido. Iria perguntar ao Velho porque
toda vez que falava com ele escutava o mesmo conselho?
Será que como espírito não estava vendo que ele já estava fazendo sua
parte?
Esperou ansioso a sua vez. Aquela noite seria especial, seria
diferente das outras, aquele encontro marcaria uma nova etapa no caminhar
daquele senhor.
Como sempre fazia, mais por repetição do que mesmo por convicção,
se ajoelhou diante do negro Ambrósio e foi dizendo:
Benção vô Ambrósio, hoje venho lhe pedir uma explicação para melhor
entender o que o senhor me diz.
Oxalá te abençoe meu fio! Negro Ambrósio fica feliz com sua
presença e gosta de fazer proseador com todos os fios que aqui vem.
Meu vô, como o senhor mesmo sabe já faz algum tempo que venho a
essa casa e falo com o senhor. Como já lhe disse não tenho uma situação
financeira ruim, ao contrário, nunca tive problemas dessa ordem o que sempre me
facilitou uma vida com fartura e bem-estar desde a infância.
Certo meu fio, negro Ambrósio já tem cunhecimento de tudo isso que
suncê falou.
É meu vô, por essa razão gostaria de lhe perguntar porque o senhor
toda vez que fala comigo me aconselha a fazer a caridade? O senhor não já sabe
que faço isso todo mês entregando gêneros alimentícios aos que estão carentes?
Além do que, na minha empresa mantenho uma creche para os filhos
dos meus empregados para que assim possam trabalhar com mais tranquilidade. Por
isso gostaria que me explicasse o porquê desse conselho, dentro da minha
consciência cumpro com meu compromisso.
É verdade meu fio, tudo isso que suncê falou pra negro veio, faz
parte de seu compromisso e fio cumpre direitinho sua parte.Porém fio esse
compromisso faz parte de seu social.
Suncê alimenta o corpo material que precisa de sustentação pra
ficar de pé, pois se não for assim fio tem prejuízo, só que o fio também precisa
distribuir o pão espiritual e assim fazer a caridade.
Não entendi meu vô seja mais claro? Que caridade espiritual é essa?
É a mesma que esse meu aparelhinho faz aqui no terreiro. Suncê
precisa assumir sua condição de médium.
Espantado, disse o senhor: como é que é vô Ambrósio o senhor está
me dizendo que tenho compromisso com a mediunidade na Umbanda é isso?
É isso sim, meu fio. Suncê tem compromisso com essa banda.
Ante as muitas verdades que ele já tinha ouvido, nunca uma afirmação
estava tanto a lhe remoer a alma. Como seria possível?
Achava bonito a Umbanda, gostava do cheiro das ervas e do cachimbo
dos vôs, mais daí então a ser médium era demais para ele. Mesmo de forma
acanhada buscando aparentar tranquilidade aquele senhor disse ao vô:
Meu vô acho que há um equívoco, pois nunca senti nada a respeito da
mediunidade.
Num sentiu porque se prende e que não quer dizer ou suncê acha que
nego veio não vê o companheiro de Aruanda que lhe acompanha e que hoje está dando
autorização pra fazer esse conversado? Meu fio diz que gosta do cheiro das
ervas e desse terreiro
o que é uma verdade – mas o que fio não se vê é dobrando o corpo
para prestar a caridade, deixando assim que seu Pai Preto também lhe traga
lições para seu caminhar. Então meu fio, enquanto suncê não entender, nego veio
vai continuar repetindo o conselho: faz caridade fio, faz caridade fio! Mesmo
que tenha que arrepetir isso por muitas veis, pois água mole em pedra dura fio,
tanto bate inté que fura. Olha fio! Eu tenho um compromisso moral com esse
companheiro de Aruanda que te acompanha e te agaranto que não será de minha
parte que não será cumprido.
Pensa no que esse veio te falou e dispôs vem prosear novamente,
pois o passo de veio é miudinho e devagarzinho, só tem uma coisa fio: o tempo corre
e espero que suncê queira aproveitar enquanto tá desse lado de cá!
Aquele senhor se levantou da frente de negro Ambrósio sem dizer
mais nenhuma palavra, seria preciso tempo para digerir tudo que ele tinha ouvido.
Oito meses se passaram depois daquela prosa, ninguém no terreiro
tinha visto novamente aquele senhor na assistência.
Era 13 de maio, gira festiva de preto velho, os trabalhos tinham se
iniciado. Negro Ambrósio olhava para a porteira do terreiro como se estivesse a
esperar por alguém e assim cantarolava “acorda cedo meu fio, se com velho quer
caminhar, olha que a estrada é longa
e velho caminha devagar, é devagar, é devagarinho quem anda com preto
velho nunca ficou no caminho”.
Acostumados com a curimba os filhos da corrente repetiam os versos
sem perceber que naquele dia a entonação estava mais dolente. Mais um filho de
Zambi venceria uma etapa, mais um seria libertado.
E foi olhando para a porteira que negro Ambrósio viu aquele senhor
adentrar no terreiro, com os olhos rasos d’água e de joelhos se postar assim
dizendo: Vô Ambrósio se é verdade que tenho essa tal mediunidade aqui estou
para aprender a fazer caridade, nesses 8 meses minha vida perdeu a alegria,
relutei muito para chegar aqui novamente e não nego que fugi por vergonha se
ainda houver tempo…
Aquele senhor nem chegou a ouvir a resposta do negro Ambrósio. Do
seu lado já se encontrava um negro que de forma doce e amorosa assim falou: Meu
fio a quanto tempo espero por esse momento, por esse reencontro. Vamos trabaiá
meu fio nas bênçãos de Zambi e na fé de Oxalá!
Diante dos filhos daquela corrente, aquele homem branco, de olhos
claros, quase translúcidos, alto, dava passagem nesse momento a mais um preto
velho e foi curvando aquele corpo que se ouviu a voz da entidade assim dizer:
Bendito e louvado sejam o nome de nosso Pai Oxalá! Saravá negro Ambrósio! Pai
Joaquim das Almas se fazpresente nesse Gongá!
Saravá Pai Joaquim!
E daquele dia em diante mais um filho começava a sua caminhada.
Mais um chegava a corrente da casa. Mais uma estrela passou a brilhar nos céus
de Aruanda!
Saravá Preto!!!
A.D. Mensagem recebida por email.