terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A primeira codificação das sete linhas da umbanda


(http://umbandadeaaz.blogspot.com.br/2010/02/primeira-codificacao-das-sete-linhas-da.html)

Vamos voltar um pouco na história do movimento Umbandista.
Em 1928, Leal de Souza propôs a primeira tentativa de se codificar a Umbanda.
Leal de Souza era amigo de Zélio de Moraes, e durante 10 anos foi participante ativo da Tenda Nossa Senhora da Piedade, a primeira Tenda de Umbanda do Brasil.

Somente se afastou da Tenda Nossa Senhora da Piedade, por ordem do Caboclo das Sete Encruzilhadas, para fundar a Tenda Nossa Senhora da Conceição, uma das 7 primeiras Tendas de Umbanda do Brasil.

Leal de Souza viveu todos estes anos junto ao Caboclo das Sete Encruzilhadas, pesquisando e estudando tudo o que acontecia dentro dos Terreiros de Umbanda.
Leal de Souza era poeta, jornalista e escritor, escreveu durante alguns anos, vários artigos sobre a umbanda e o espiritismo, para o Diário de Notícias, da antiga Capital Federal.

Era um “especialista” na Umbanda, pois conviveu, observando e estudando durante muitos anos, os rituais de umbanda.

Observando as manifestações das entidades nos vários terreiros daquela época, ele propôs as sete linhas da Umbanda:

Oxalá, Ogum, Oxossi, Xangô, Iansã, Iemanjá, As Almas

Se o Umbandista reparar, perceberá que as sete linhas propostas na primeira 

codificação da Umbanda, coincide exatamente com os sete reinos:

Ogum, Xangô, Iansã, Iemanjá, Oxossi, Oxalá e Almas

O que mudou foi a seqüência dos reinos, mas as características são as mesmas.

Será pura coincidência?

Matta e Silva e as sete linhas da umbanda
Em 1956 (praticamente 48 anos após o início da Umbanda) Matta e Silva lança o livro
“Umbanda de Todos Nós”, onde comenta (paginas.106/107):

“Mas, não obstante tudo isso, a tendência no meio umbandista é evoluir muito, muito
mesmo, haja vista que em 1942 houve um congresso, a que deram o nome de “Primeiro Congresso Brasileiro do Espiritismo de Umbanda” e nessa ocasião, dignos e esforçados irmãos-de-fé, sintetizaram num gráfico o que qualificaram de Graus de Iniciados ou Pontos da Linha Branca de Umbanda, com sua hierarquia e respectiva correspondência, que transcrevemos literalmente, na parte que determina os Pontos:”


1º Grau de iniciação – Almas
2º Grau de iniciação – Xangô
3º Grau de iniciação – Ogum
4º Grau de iniciação – Nhãsan
5º Grau de iniciação – Euxoce
6º Grau de iniciação – Yemanja
7º Grau de iniciação – Oxalá

Continua Matta e Silva: “ Bem naquela época, a Umbanda não era ainda uma Lei, era uma linha branca, com sete pontos, porém já se sabia, pelo menos intuitivamente , que estes “ditos pontos”, tinham um significado mais profundo e possivelmente poderiam ser identificados no futuro em sua real expressão....”

Nesta época havia no meio umbandista uma forte influência da teosofia.
Matta e Silva, lança na época o que foi chamado de umbanda esotérica e através da análise das silabas das palavras, apresenta um modelo onde inclui dois novos orixás:

Orixalá, Yemanjá, Xangô, Ogum, Oxossi, Yori e Yorimá

A partir desta época desapareceu das sete linhas Iansã e Almas .

Matta e Silva tinha razão quando escreveu que aqueles sete pontos tinham um significado e que seriam identificados no futuro.
Estes sete pontos nada mais são que os sete reinos, e sua seqüência é apresentada pela “natureza”, ou melhor dizendo, pela formação do nosso amado planeta Terra:

Ogum, Xangô, Iansã, Iemanjá, Oxossi, Oxalá e Almas.



Será uma simples coincidência?

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